Cabelos e Unhas Após a Morte: O Mistério Persistente
Cabelos e unhas não crescem após a morte. Essa é uma crença popular, mas a realidade é diferente. Vou explicar por quê:
- Resistência à decomposição:
- Cabelos e unhas são feitos de queratina, um material altamente resistente. Por isso, eles demoram mais tempo para entrar em decomposição após a morte.
- Em algumas exumações, é possível encontrar pelos, unhas e cabelos “intactos” mesmo muitos anos após o falecimento. Por exemplo, o bigode do pintor Salvador Dalí permaneceu na sua posição clássica, voltado para cima, mesmo 30 anos após sua morte.
- Ilusão de ótica:
- A impressão de que cabelos e unhas crescem após a morte é uma “ilusão de ótica”. Isso ocorre porque a pele desidrata com a morte e retrai, dando a impressão de que o pelo cresceu.
- Com as unhas, o mesmo processo acontece: o dedo encolhe devido à falta de água, criando a ilusão de que a unha aumentou de tamanho.
- Não há metabolismo para garantir a hidratação da pele nem os nutrientes necessários para o crescimento de pelos e unhas.
- Preservação especial:
- Em casos excepcionais, como o do bigode de Salvador Dalí, a preservação pode ocorrer por produtos químicos utilizados antes do sepultamento.
- Normalmente, o material fica solto na urna funerária e no caixão, já que a pele em que cabelo e unha ficam presos se decompõe. O material só permanece preso ao cadáver se a pele for preservada por processos químicos ou características especiais do solo.
Portanto, a ideia de que cabelos e unhas continuam crescendo após a morte é um mito. Na verdade, é a contração cadavérica dos tecidos moles que cria a ilusão de que eles cresceram. Em vida, o cabelo cresce, em média, um centímetro por mês, totalizando cerca de 12 centímetros por ano. Espero que esta explicação tenha esclarecido suas dúvidas!